beijo os teus espaços:
refúgio dos meus pensamentos invisíveis,
minha casa,
meu dossel de sonhos lindos.
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14/03/2014
03/03/2014
barco
é um martírio não voar.
vincar a pele dos pés que não se unem se não quiserem,
depender deles,
quando se quer mover.
o corpo é efémero.
por isso
sente medo de si próprio, sente medo do movimento e das culpas
que receberá
quando partir.
mas é um martírio não voar!
não saber nadar é um martírio.
é um martírio ter só uma forma de fugir:
não possuir o céu, não possuir o mar,
não possuir o próprio corpo
que,
em loucura desmedida se solta sem pedir.
é assustador o modo como me detesto por não ser pássaro.
por não ser peixe.
por não ser fuligem, saltitante, sobre uma chama louca.
por ser só eu.
errante, fria, quente, imperfeita e muito desconhecedora da liberdade;
uma fraca, viciada, rotineira humana.
e não fosse o mundo uma nuvem.
e não fosse o mundo um barco.
vincar a pele dos pés que não se unem se não quiserem,
depender deles,
quando se quer mover.
o corpo é efémero.
por isso
sente medo de si próprio, sente medo do movimento e das culpas
que receberá
quando partir.
mas é um martírio não voar!
não saber nadar é um martírio.
é um martírio ter só uma forma de fugir:
não possuir o céu, não possuir o mar,
não possuir o próprio corpo
que,
em loucura desmedida se solta sem pedir.
é assustador o modo como me detesto por não ser pássaro.
por não ser peixe.
por não ser fuligem, saltitante, sobre uma chama louca.
por ser só eu.
errante, fria, quente, imperfeita e muito desconhecedora da liberdade;
uma fraca, viciada, rotineira humana.
e não fosse o mundo uma nuvem.
e não fosse o mundo um barco.
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