e arrastam pela areia
são mais fracos que eu.
levam-me por um habitat incógnito,
levam-me por um habitat incógnito,
uma viagem incógnita,
onde o céu e o chão são um só,
e as nuvens acabam por levedar.
cheia de nada e à procura de tudo
cheia de nada e à procura de tudo
deixo-me
de mim própria
na ânsia da procura
à prova de bala,
à prova de bala,
frágil para os ventos,
voo
para lá das escolhas e dos enigmas
e entrego-me ao horizonte
e na inquietação
de te querer sem saber ainda se quero
e sabendo que não me queres a mim
pois há demasiada conexão,
que não evita o desejo (só o teu)
continuo a procurar de ti
pedaços
de uma memória que ainda não veio
mas que precisa de nascer como eu,
agora,
começo a nascer em ti.