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23/08/2014

a casa

enternecida nos teus braços desenho uma onda com o arrepiar dos poros que me cobrem.
num amor quase impossível de tão forte, descubro-te em mim num conforto natural que tanto é eterno como assustador.
levanto-me por não poder mais de tanta luz, e entrego-me durante uns minutos a uma sombra dividida entre o chão e a parede. observo-te e sei que te vou ter para sempre, mesmo que num ápice te envolvas com o mundo, sinto o tumulto da tua voz nos meus cabelos até ao mundo acabar.
já dormes, já respiras: o céu é bonito, hoje. na tranquilidade dos lençóis os momentos perdem-se entre centímetros de distância da pele cansada. dormimos, descansando um no outro.
a casa desaba em cima de nós.